2.4.02
Sobre o fim
Tudo, tudo mesmo, tem um fim. Encarar a inevitabilidade disso é que não é fácil. Até sequoias milenares morrem, viram uma massa amorfa e putrefata, muito diferente da sua imagem anterior, resplandecente na sua (quase) perenidade. Tudo acaba e encarar esse fato é a única coisa racional a se fazer.
Não cabe aqui e nem é minha intenção fazer analogias com teorias sobre renovação de energia, aura, transformações químicas e físicas, eternidades que não me interessam nem um pouco. Existem fins que não são novos começos, e algumas das vezes isso já vale o seu final.
Pior mesmo é se deixar arrastar pela corrente, insistir numa vida sem valor, uma verdadeira não-vida. Melhor acabar de uma vez. Odeio ver coisas definhando, morrendo devagar, como uma tortura chinesa.
Não leva a nada, só ao óbvio fim. A questão básica nesse ponto é: terá caráter para tanto? Ou seguirá se agarrando a uma carcaça, num pálido simulacro de existência, numa auto-paródia? Qual é a sua escolha?
Fará a tempo?
E cadê força de vontade?
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