18.11.03

Folk song



Sigo pelas ruas em passo lento. Vejo tudo e todos me vêm, mas não entendem. Caminho com vagar, como o andamento de uma música do Dylan. Revisito minha estrada sem medo.

Passam as pessoas. Não temos nada em comum. E quem tem algo em comum com o outro? Os outros, são os outros. Pego meu maço de cigarros amassado no bolso, acendo um dos últimos e solto a baforada. A fumaça tem mais em comum comigo que essas pessoas.

Esse tempo está prestes a mudar. A saudade de casa vai passar, em alguma rua dessas. Em alguma rua dessas as feridas fecharão. Como deve ser, como sempre deve ser.

E se me perguntarem - sobre a vida que criei para mim mesmo - "foi bom pra você", vou responder com um beijo, um acorde da canção que vive na minha mente e seguirei com meus passos.

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