29.8.02

Solene


Não é porque te entrego, solene
As rédeas do que faço
Nem por querer colorir meus dias
Com o significado oculto do que dizes
Que lhe devoto admiração
Tão longe é o contato
Que nem existe
Mas celebro, dia a dia
O que temos
Não é mensurável
Nem tátil
Mas sua força tênue
É o que me faz singrar as palavras
Como um mar revolto
Não me obrigo a vasculhar sentidos:
Corto meu cabelo com fogo
Rasgo minhas veias com o vento
E o sangue que agora flui intenso
É minha humilde oferenda

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