17.9.02

Fim



Acabou. Não há de se procurar razões ou culpados. A coisa se deu assim: se esgotou por si mesma, sem chance de volta. É o fim.

Um fim anunciado, talvez. Mas quando não se faz nada para evitá-lo, ele vem. A inevitabilidade da coisa não chegou a transformar a urgência do que viria a acontecer em ação. Se se poderia evitar? Talvez. A questão é que o preço da impassibilidade é esse. Agora, tudo é findo.

Não há arrependimentos, contudo. Os ciclos vêm e vão, são coisas da vida. Não se chocar não é sinônimo de passividade. Querer demonstrar revolta ou perplexidade é, agora, um exercício inútil. É como se desejar fugir da morte. Não há saídas por aí.

E quem pode garantir que o fim de uma fase não será o começo de outra melhor? Quem pode afirmar que não se irão as amarras, não surgirão coisas novas, prontas para serem descobertas e exploradas? Quem garante que o fim não é o melhor que poderia acontecer?

Isso, é território que não nos pertence, ao qual não temos acesso. Vamos apenas vivendo, esperando por algo que nos revolucione a vida.

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